Lázaro, resgatado da morte por Jesus de Nazaré, é uma figura sublime diante da palavra bem dita. Nas palavras de Ruth Brandão:
É aquele que vivenciou o silêncio do "para sempre", mas foi chamado de volta à vida e experimentou, no seu corpo, a decomposição da morte e a recomposição da carne, pelo sopro divino; (...) Lázaro tem seu corpo desvestido de vida pela ação da morte e se vê novamente revestido de vida pela voz, pelo sopro divino que o toca e resgata.' (Revista do Centro de Estudo Portugueses - UFMG n.39 Jan.-Jun. 2008).
A palavra do Mestre fora capaz de ressuscitar Lázaro, o grande amigo de Jesus. A palavra fora capaz de dar um novo despertar, um novo sentido à vida de um homem dado como morto, sepultado e que já apresentava mal cheiro. Bastou um querer, uma pequena frase, um convite lançado para dentro daquele sepulcro, para que o morto voltasse a viver. Jesus amou e escolheu a dedo as palavras de salvação.
Fico a pensar no poder das palavras. Na força que elas possuem quando se reúnem para servirem - palavras bem ditas.
Podemos semear a paz com a palavra do bem, ou maldizermos com a semântica do mal.
A escolha está dentro de cada um.
Jesus soube usar a palavra ideal para o momento oportuno; a palavra que edifica para devolver à vida aquele que já padecia na mansão do silêncio ...
Quero a graça da palavra bem dita. Do diálogo que edifica. Da boca que santifica. Da promessa não traída. Da verdade que liberta.
Senhor, dai-nos a graça de salvarmos vidas com a palavra certeira, terna, sólida, enraizada no amor e na justiça.
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